Floricultura Brasileira
A floricultura brasileira é hoje uma atividade econômica importante no agronegócio do País. Nos últimos cinco anos, registra-se significativo crescimento da produção de flores na maioria dos estados da federação, com destaque para os da Região Nordeste. O potencial de expansão da atividade, voltada tanto para o mercado interno como para exportação, é enorme e oferece oportunidades promissoras. No mercado interno, a elevação de renda da população em geral, o apelo ambiental, a propaganda e a facilidade no acesso aos produtos, tanto nos pontos de venda físicos como via internet, devem, no médio prazo, reforçar o consumo de flores no País, que é ainda muito baixo em relação aos países desenvolvidos.
Apesar do crescimento das exportações, o mercado externo – que não cessa de crescer – está ainda para ser conquistado, em particular para as flores e folhagens tropicais. Atualmente, a participação nacional nas exportações internacionais é de apenas 0,22% e representa 3% do faturamento do setor.
No plano institucional, o governo, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), tomou as seguintes iniciativas: a) definiu a cadeia produtiva de flores como prioridade nos planos plurianuais de 2000/2003 e 2003/2007; b) instituiu em 2003 a câmara setorial de floricultura para facilitar as relações do setor público com os demais agentes que compõem a cadeia com o objetivo de melhorar as condições de governança; c) montou o Programa de Desenvolvimento de Flores e Plantas Ornamentais (Proflores), voltado para crescimento e diversificação da produção nacional e organização do mercado interno, e o Programa Integrado de Exportações de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil, direcionado para melhorar as exportações do setor.
Nesse aspecto, o rastreamento das práticas produtivas, a maior integração da produção e a certificação das boas práticas do processo são pré-requisitos importantes para viabilizar a entrada das flores brasileiras nos mercados europeu e norte-americano. A visão de cadeia adotado pelo Proflores revela-se ajustada às exigências contemporâneas de promoção produtiva e comercial de atividades ligadas ao agronegócio e indica um caminho promissor para a floricultura. Nos aspectos de ocupação e renda, na maioria dos estados, a floricultura é uma atividade desenvolvida em pequenas áreas de agricultura familiar, cuja média nacional é de 3,5 ha., podendo se consolidar como uma atividade competitiva sustentável para um contingente significativo de pequenos produtores. A atividade já ocupa mais de quatro mil produtores, que cultivam uma área de cinco mil hectares em cerca de trezentos municípios espalhados por todo o País. Contudo, as vantagens oferecidas pela agricultura familiar – no que se refere ao custo de transação envolvido na mão-de-obra – não é garantia de competitividade e sucesso, uma vez que a floricultura moderna está associada à adoção de tecnologias de ponta, na produção, pós-colheita e nas vendas, e ao desenvolvimento de complexos sistemas logísticos para a distribuição do produto tanto no mercado doméstico como internacional. O sistema nacional de pesquisa agropecuária, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, órgãos de pesquisa nos estados e a rede de Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com representações locais de floricultores e de empresas, vêm contribuindo para a modernização do setor. Ressalte-se a pesquisa com a geração de novas variedades, melhoria dos controles fitossanitários e adoção de modernas técnicas de gerenciamento e venda da produção, especialmente o leilão eletrônico e a venda pela internet. A infra-estrutura de apoio é também importante para o crescimento da atividade, com destaque para as condições referentes à logística de transporte e refrigeração nos locais de embarque dos produtos. Alguns resultados positivos desse esforço cooperativo já estão sendo colhidos. As exportações aumentaram de 2004 para 2005 em quase 30%, passando de cerca de 23 milhões de dólares para 31 milhões.
O emprego de tecnologia de ponta tem gerado novos híbridos, e os bancos oficiais mantêm créditos subsidiados para a agricultura familiar e estão financiando investimentos nessa atividade, além de vir aumentando a oferta de produtos em quantidade e variedade. No entanto, o acesso ao financiamento tem sido negativamente afetado pelos critérios adotados para a classificação de agricultores não familiares. Por se tratar de atividade de alto valor, muitos produtores, mesmo cultivando pequenos lotes, estando à frente do seu negócio e gerando número significativo de ocupações e empregos permanentes, são excluídos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e têm tido dificuldades para obter financiamento em condições adequadas.
Alguns avanços foram registrados na legislação fitossanitária, na lei de proteção a cultivares e nas propostas de reforma tributária. O setor vem crescendo e tem potencial para crescer ainda mais. Contudo, a velocidade e o alcance desse crescimento dependerá de uma série de fatores que não estão inteiramente equacionados, entre os quais se destacam os seguintes: melhoria da pesquisa e da assistência técnica – sobretudo para as plantas ornamentais –; financiamento adequado às condições da atividade, de ciclo mais longo que a maioria dos cultivos temporários mais comuns no País, mais exigente em investimentos e com prazo de maturação de médio para longo; desenvolvimento do mercado doméstico, o que exige a criação de hábitos por meio da propaganda, a melhoria da qualidade e da durabilidade; a divulgação dos produtos na mídia e a ampliação das redes de comercialização (atualmente o consumo de flores está vinculado a festividades ou ocasiões especiais, como falecimentos e Dia de Finados, dos Namorados, das Mães etc. e é baixo no dia a dia das famílias). No mercado externo, há necessidade de agilizar os procedimentos burocráticos, melhorar a padronização e as embalagens e implantar um sistema de controle de processo produtivo que garanta a rastreabilidade dos produtos. Das exportações de flores do país, as tropicais representam menos de cinco por cento do total exportado, tendo ampla possibilidade de crescimento.
Apesar do crescimento das exportações, o mercado externo – que não cessa de crescer – está ainda para ser conquistado, em particular para as flores e folhagens tropicais. Atualmente, a participação nacional nas exportações internacionais é de apenas 0,22% e representa 3% do faturamento do setor.
No plano institucional, o governo, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), tomou as seguintes iniciativas: a) definiu a cadeia produtiva de flores como prioridade nos planos plurianuais de 2000/2003 e 2003/2007; b) instituiu em 2003 a câmara setorial de floricultura para facilitar as relações do setor público com os demais agentes que compõem a cadeia com o objetivo de melhorar as condições de governança; c) montou o Programa de Desenvolvimento de Flores e Plantas Ornamentais (Proflores), voltado para crescimento e diversificação da produção nacional e organização do mercado interno, e o Programa Integrado de Exportações de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil, direcionado para melhorar as exportações do setor.
Nesse aspecto, o rastreamento das práticas produtivas, a maior integração da produção e a certificação das boas práticas do processo são pré-requisitos importantes para viabilizar a entrada das flores brasileiras nos mercados europeu e norte-americano. A visão de cadeia adotado pelo Proflores revela-se ajustada às exigências contemporâneas de promoção produtiva e comercial de atividades ligadas ao agronegócio e indica um caminho promissor para a floricultura. Nos aspectos de ocupação e renda, na maioria dos estados, a floricultura é uma atividade desenvolvida em pequenas áreas de agricultura familiar, cuja média nacional é de 3,5 ha., podendo se consolidar como uma atividade competitiva sustentável para um contingente significativo de pequenos produtores. A atividade já ocupa mais de quatro mil produtores, que cultivam uma área de cinco mil hectares em cerca de trezentos municípios espalhados por todo o País. Contudo, as vantagens oferecidas pela agricultura familiar – no que se refere ao custo de transação envolvido na mão-de-obra – não é garantia de competitividade e sucesso, uma vez que a floricultura moderna está associada à adoção de tecnologias de ponta, na produção, pós-colheita e nas vendas, e ao desenvolvimento de complexos sistemas logísticos para a distribuição do produto tanto no mercado doméstico como internacional. O sistema nacional de pesquisa agropecuária, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, órgãos de pesquisa nos estados e a rede de Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com representações locais de floricultores e de empresas, vêm contribuindo para a modernização do setor. Ressalte-se a pesquisa com a geração de novas variedades, melhoria dos controles fitossanitários e adoção de modernas técnicas de gerenciamento e venda da produção, especialmente o leilão eletrônico e a venda pela internet. A infra-estrutura de apoio é também importante para o crescimento da atividade, com destaque para as condições referentes à logística de transporte e refrigeração nos locais de embarque dos produtos. Alguns resultados positivos desse esforço cooperativo já estão sendo colhidos. As exportações aumentaram de 2004 para 2005 em quase 30%, passando de cerca de 23 milhões de dólares para 31 milhões.
O emprego de tecnologia de ponta tem gerado novos híbridos, e os bancos oficiais mantêm créditos subsidiados para a agricultura familiar e estão financiando investimentos nessa atividade, além de vir aumentando a oferta de produtos em quantidade e variedade. No entanto, o acesso ao financiamento tem sido negativamente afetado pelos critérios adotados para a classificação de agricultores não familiares. Por se tratar de atividade de alto valor, muitos produtores, mesmo cultivando pequenos lotes, estando à frente do seu negócio e gerando número significativo de ocupações e empregos permanentes, são excluídos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e têm tido dificuldades para obter financiamento em condições adequadas.
Alguns avanços foram registrados na legislação fitossanitária, na lei de proteção a cultivares e nas propostas de reforma tributária. O setor vem crescendo e tem potencial para crescer ainda mais. Contudo, a velocidade e o alcance desse crescimento dependerá de uma série de fatores que não estão inteiramente equacionados, entre os quais se destacam os seguintes: melhoria da pesquisa e da assistência técnica – sobretudo para as plantas ornamentais –; financiamento adequado às condições da atividade, de ciclo mais longo que a maioria dos cultivos temporários mais comuns no País, mais exigente em investimentos e com prazo de maturação de médio para longo; desenvolvimento do mercado doméstico, o que exige a criação de hábitos por meio da propaganda, a melhoria da qualidade e da durabilidade; a divulgação dos produtos na mídia e a ampliação das redes de comercialização (atualmente o consumo de flores está vinculado a festividades ou ocasiões especiais, como falecimentos e Dia de Finados, dos Namorados, das Mães etc. e é baixo no dia a dia das famílias). No mercado externo, há necessidade de agilizar os procedimentos burocráticos, melhorar a padronização e as embalagens e implantar um sistema de controle de processo produtivo que garanta a rastreabilidade dos produtos. Das exportações de flores do país, as tropicais representam menos de cinco por cento do total exportado, tendo ampla possibilidade de crescimento.